Saiba neste artigo da série Desenvolvendo competências quais são os benefícios de investir no desenvolvimento de hard skills e soft skills.
Ponto para quem já sabe que não adianta ter técnica, conhecimento, mas não sabe trabalhar em equipe. Ponto também para quem sabe que não adianta ser proativo, mas não dominar a técnica necessária para desempenhar uma função. Isso mesmo! As chamadas hard skills (habilidades técnicas) precisam estar alinhadas com as chamadas soft skills (habilidades comportamentais).
Não há como negar que o sucesso de um negócio depende de uma boa gestão de equipe, daí a importância de as empresas realizarem um bom mapeamento de competências, definindo o desenho de cargos, bem como as competências necessárias para cada uma das funções – levando em conta a matriz CHA (conhecimento, habilidades e atitudes) -, o que permitirá decisões mais acertadas do setor de Recursos Humanos (RH), no que se refere a contratações, demissões e, principalmente, treinamentos e qualificação da equipe de colaboradores.
Neste artigo da série Desenvolvendo competências, vamos tratar especificamente das hard skills e das soft skills. É muito comum uma empresa contratar alguém por suas habilidades técnicas e, em seguida, perceber que o colaborador não possui as habilidades comportamentais necessárias. Primeiro, você sabe a diferença entre hard e soft skills?
As duas palavras vêm do inglês e estão relacionadas a habilidades comportamentais (soft) e técnicas (hard). Ou seja: enquanto a primeira está relacionada à inteligência emocional, a segunda diz respeito à capacidade de realizar tarefas. É importante sempre alinhar as duas.
Hard skills: essas habilidades podem ser aprendidas e dizem respeito ao conhecimento que buscamos em livros, nos cursos, em sala de aula, participando de um workshop, em treinamentos, operando uma máquina, enfim, dizem respeito a tudo que nos habilita tecnicamente, ao que nos capacita e atualiza para o desempenho de uma determinada função.
Como se percebe, é muito valiosa, mas, como já dissemos, isoladamente, não faz o sucesso de um profissional. É preciso muito mais do que saber fazer. Hoje, as empresas buscam quem saiba fazer coletivamente, e não isoladamente. Veja os exemplos de algumas hard skills: domínio de Excell avançado; domínio de técnicas de vendas; edição de imagens; proficiência em inglês; gestão de pessoas; gestão de projetos, entre muitos outros.
Para ajudar a desenvolver essas habilidades entre os colaboradores, a empresa pode implementar programas de capacitação e oferecer treinamentos corporativos. Outras empresas auxiliam no financiamento de cursos e especializações. É possível ainda a realização de palestras educativas, além de material de treinamento, participação em seminários, feiras e congressos.
Soft skills: encontrar colaboradores alinhados com as propostas da empresa nem sempre é uma tarefa fácil. Testes psicológicos podem ajudar no sentido de buscar as pessoas que mais se enquadram em cada função (daí a importância do mapeamento de competências). Hoje, muitas empresas buscam não só a harmonia dos seus ambientes de trabalho, mas contratar colaboradores que contribuam, com as suas habilidades comportamentais, para uma melhor produtividade.
Nesse sentido, algumas das soft skills mais apreciadas pelos recrutadores são a comunicação interpessoal, proatividade, capacidade de resolução de conflitos, persuasão, liderança, criatividade, organização e resiliência.
Embora sejam mais difíceis de desenvolver, as habilidades comportamentais também podem ser estimuladas por meio de algumas práticas, como a cultura de feedback, incentivos e reconhecimento, atividades de integração de equipe, troca de ideias e informações entre departamentos, fomento do senso de colaboração, incentivando o trabalho em equipe. Podem ser desenvolvidas, ainda, atividades que estimulem o autoconhecimento, ferramentas de comunicação, além do oferecimento de palestras e workshops.
Publicado por: Tiago Merlone